Não sei nem por onde começar,rsrsrs’
Minha filha Manuella nasceu de um lindo e rápido parto natural.
Nasceu pesando 3,400 e medindo 50 cm.
Dia
11/5/11, fui fazer uma visitinha a minha Doula Aline Amorim,chegando
lá,conversamos,tiramos as minhas dúvidas,tiramos fotos, assistimos vídeos de
outros partos...nesse dia eu estava ótima, fiquei fora de casa o dia
todo só fazendo visitas, mas quando eu fui embora para casa me veio uma
dor no pé da barriga e na coluna,então eu pedi para o meu marido Wagner me
esperar na barraca do cachorro quente, lá estava ele e seu
amigo, compraram um cachorro quente pra mim, mas eu comi só um pouco, deixei o resto na mesa e falei: "mô vai demorar muito pra gente ir?’’e ele me
respondeu: "Não, daqui a 5 minutos a gente vai’’, e eu falei: "Então eu vou
indo na frente que eu não estou aguentando ficar mais em pé, preciso
deitar’’e ele falou: "então eu vou com você.’’ele se despediu do amigo
dele e fomos embora para casa, no meio do caminho ele me pergunta: "oque
houve?"e eu respondo dizendo: "Nada não, só um leve incômodo, eu devo
estar precisando dormir um pouco estou fora de casa o dia todo
né!?’’ele logo fala: "Eu te avisei para não ficar saindo muito, vai que a Manu nasce e eu não estou por perto?!’’. Chegando em casa, fui tomar
meu remédio, que meu médico tinha me recomendado (buscopan composto) e fui
dormir logo em seguida.
Dia
12/5/11, Meu marido acorda para trabalhar e me pergunta:"Amor você esta
melhor?’’ E eu respondo:"Estou sim’’,ele fala: "então eu vou
indo, qualquer coisa me liga, não deixe de me ligar’’.
A hora passou e
quando foi +- umas 8h os incômodos vieram de novo, achei melhor não
ligar nem para o meu marido e nem para a minha Doula, pois estavam vindo
bem de leve. Meu marido chegou jantamos e fomos dormir.
Dia 13/5/11: Neste dia eu estava ótima, só meio enjoadinha, mas não era nada de mais...
Dia
14/5/11: As dores começaram a vir de novo só que dessa vez muito mais
fortes, tomei buscopan, dorflex e nada de passar, fiquei o dia todo assim, e
meu marido falou: "toma de novo e se não passar eu vou ligar para a
Aline (minha doula), não adianta nem falar nada, que eu vou ligar’’,mais tarde ele me
pergunta se a dor diminuiu,e eu disse que não e que estava a mesma
coisa de sempre. Fiquei +- umas 2h assim, até que eu falei: "não estou
aguentando mais, liga para a Aline e pergunta o que é isso.’’ele
ligou, perguntou e ela pediu para falar comigo, só que nesse momento eu
não estava aguentando nem falar nem uma palavrinha direito. Ela falou
para eu tomar banho quente eu até fui, mas sai rapidinho porque eu
estava me tremendo toda e não estava aguentando ficar em pé.
Meu esposo
liga de novo para a Doula e diz tudo o que eu estava sentindo e ela
pergunta:"onde ela está sentindo essas dores?’’ e eu respondo: "Em toda parte do corpo principalmente no pé da barriga’’e a Doula diz
para o meu marido colocar 3 dedos a cima do meu umbigo para ver se
estava duro, e estava e ela diz que era contração e que era para meu
marido contar de quanto em quanto tempo estava vindo e quanto tempo
durava e que era para contar durante uma hora.Tentamos contar mais não
conseguimos, porque não sabíamos como funcionava. Uma hora depois liga a
Doula e pergunta: "e aí quanto tempo durou?",ela está vindo de quanto em
quanto tempo?’’ e meu marido respondeu que não sabia contar as
contrações.
Minha Doula pergunta se a gente achava melhor ela vim para
minha casa e nós respondemos: 'claro que sim,e ela disse tem
certeza? sim claro.!’’ela disse que iria agilizar as coisas na casa dela e
depois iria vim.(confesso que se ela não viesse e nem perguntasse eu
iria para a maternidade, mais sempre lembrando o que a minha Doula falava: "não é bom ir para a maternidade, eles podem fazer coisas
desnessesárias e pode prejudicar tanto você quanto o bebê’’, quase 2
horas depois chega a minha Doula, a gente começa a fazer os exercícios, massagem e tambem cronometramos as contrações. Durante 1 hora vieram
com intervalo de 3 minutos com duração de 30/40 segundos, em quanto
cronometrávamos rebolavámos, dançávamos,ouviamos música, faziamos massagem e o
bom de tudo é que eu estava vendo meu esposo me ajudando e trabalhando
junto conosco :D. Em fim fizemos tudo mais quando foi umas 19:00 hs e um pouquinho as contrações já estavam vindo de 1/1 minuto durando 1/1. A
Doula pergunta:"Vocês querem ir para a maternidade, para saber como é
que você está, saber como esta o bebê?’’ E respondemos com um sorriso do
tamanho do mundo: "claro". Então fui me arrumar, e antes de sair de
casa tiramos uma fotinha e seguimos em frente. Meu marido perguntou:"Vocês não querem esperar meu pai não?, e vamos de carro’" Logo em
seguida a Doula perguntou se a maternidade era muito longe e eu respondi
que não e que era +- 5 minutos andando,e ela disse então
vamos andando para continuar trabalhando o parto.
Chegando lá fiz minha
ficha e a Doula me pergunta: "Você quer que eu te acompanhe ou o seu
marido?’’eu logo respondi ‘’Você, que é mais experiente e também o meu
marido não teria coragem de ver, rsrs.’’
Eu só reparei que na hora a Doula ficou toda contende abriu o sorriso tão grande que até eu
não aguentei e ri também. Dali fomos para a triagem, lá a técnica de
enfermagem, me perguntou o que eu estava sentindo, e eu disse tudo a
ela, mas respondendo bem baixinho(tímida) então ela me tocou e
disse que eu estava com ‘’6’’ de dilatação e que ia me internar e a
minha Doula ficou tão impressionada e disse que estava muito orgulhosa e
me deu os parabéns, até a técnica disse a mesma coisa que a Doula. A técnica fez a
minha ficha de internação, e eu logo comecei a relembrar tudo que eu e a
Doula haviámos estudado, lembrei da episotomia (corte no períneo) fiquei com
vontade de perguntar mas achei que era bobeira minha, mas aquele
pensamento começou a me pertubar que criei coragem e perguntei: "Aqui
vocês fazem aquele corte?" e ela me respondeu: "sim, se for preciso
sim" mas falando com aquele jeito que iria fazer em mim. Logo olhei
para a minha Doula, meus olhos encheram de lágrimas me segurei, mas não
aguentei comecei a chorar e a técnica disse: "claro que tem que fazer para o
bebê passar né!?" (técnica nojenta!!!, na hora quase voei em cima dela!!!). Eu e a
Doula já tínhamos visto que isso não era mais necessário. A técnica terminou minha ficha e fomos lá para fora aguardar, enquanto isso eu falei para a
Doula:" Vamos embora, eu não quero ficar aqui,eu não quero esse corte" e
ela falou: "Você quer ir para outra maternidade?", na hora eu disse que
não, que queria ir para a casa ela falou: "Você não quer conversar com o
seu marido?’’eu disse que não, porque eu sabia que ele iria pedir para eu
ficar e ela já tinha falado com ele e realmente ele falou isso, a técnica me
chamou e eu fiquei desesperada fomos para o corredor, conversei bastante
com a Doula e resolvi ficar, ela me perguntou novamente se eu preferia o
acompanhamento dela ou do meu esposo e eu disse claro que seria o dela
ela era mais experiente e entendia mais as coisas. Me despedi do meu
esposo e eu e a Doula seguimos em frente chegando na sala pp (pré-parto) a
técnica de enfermagem (a nojenta) me apresentou a enfermeira obstétrica
Sônia Nunes, que era super a favor do parto humanizado (essa mulher foi
de Deus, foi ele que a colocou no meu caminho) a enfermeira achou super
lindo o que eu estava fazendo, achou lindo eu querer um parto humanizado e
mais lindo ainda eu estar acompanhada de uma Doula.
Ela deixou nos deixou a sós e emprestou : óleo, os massageadores e deixou tudo
perfeito, perguntei se podia apagar as luzes e ela respondeu: ‘’claro pode
ficar a vontade’’(que educada essa enfermeira Hein? adorei!!!). Tiramos
fotos e fomos trabalhar o parto mas a enfermeira sempre ia olhar para ver
como é que estava, quando ela veio logo perguntei: "Tem banho quente?(abusada eu né?, rsrs) ela disse que tinha e que ia ver se a água estava
quente, enquanto isso continuamos trabalhando em menos de um minuto ela
voltou e disse que tinha. Acompanhamos ela até o banheiro e a Doula
perguntou: "Vocês tem uma cadeira?’’,ela pegou a cadeira e lá fui eu me
relaxar, fiquei lá por muito tempo e a Doula falou: " É melhor a gente ir
porque se você ficar muito tempo aí, pode diminuir a dilatação em vez de
aumentar, foi quando eu disse: ‘’só mais um pouquinho daqui a pouco a gente vai’’
passou uns 10 minutos e eu disse a mesma coisa’’só mais um pouquinho
daqui a pouco agente vai’’depois eu resolvi ir contra a minha
vontade e seguir meu corpo, fomos para a sala PP, chegando lá começamos a
trabalhar pouco tempo depois, a enfermeira vem me
tocar, e eu estava com 7 de dilatação, recebi massagem da
minha Doula enquanto eu descansava, depois de muito tempo eu comecei a
pensar que seria bom eu trabalhar, sem massagem para assim minha filha estar nos
meus braços mais rápido, comecei a dançar, rebolar, abaixar fazer tudo que
o meu corpo queria, quando a enfermeira me tocou novamente eu já
estava com 9 de dilatação e depois de muito tempo foi me tocar de novo e eu não saia de 9, foi aí que eu comecei trabalhar mesmo sem parar andava pra lá, pra
cá, me abaixava, rebolava mexia a cinturae quamdo a enfermeira veio novamente, eu já estava, com 10 de dilatação!!! fiquei muito
feliz, porque eu achava que não iria conseguir, pouco tempo depois de
trabalhar mais um pouco, eu começo a ver os cabelos da minha filhota meu
olho ficou cheio de lágrimas, aí eu fiz mais uma forcinha e a cabecinha
saiu, e foi quando vi o cordão umbilical enrolado em seu pescoço, a
enfermeira tira e fala para eu fazer só um pouquinho de força e a minha
Doula fala: "lembre do que eu te falei, não faz muita força para não
acabar rasgando" fiz só mais um pouquinho de força e parei, saiu um
ombrinho e depois o outro, pedi para não cortar o cordão, mas como a
enfermeira percebeu que ela estava muito molinha cortou, nem respirei e
já fui pegando a minha filha, coloquei ela em cima da minha barriga e
comecei a namorar um pouco, queria amamentar mais não podia (motivo ela
tinha que fazer um exame rápido). Esse momento foi muito lindo, um momento que eu nunca mais e nem vou ter outro um igual, eu soube aproveitar cada segundo.
Quero
agradecer primeiro a Deus que esteve sempre do meu lado me protegendo, agradecer a Ele também por ter colocado a Aline Amorim e a enfermeira
obstétrica Sônia Nunes em minha vida.
Quero
agradecer a Aline por ter sido paciente comigo em todo tempo e a Sônia
Nunes por ter deixado eu trabalhar e fazer tudo o que eu queria. e não
poderia deixar de agradecer o meu marido que esteve do meu lado sempre me
apoiando e me ajudando.